I
Atentemos
à sucessão das vozes desferidas
e ao desfilar dos ecos pelos cerros.
Lapidemos também nossa garganta.
Não podemos calar se temos voz
nem devemos furtar-nos
ao eco depurador.
II
Verguemos nossos galhos.
Não podemos abster-nos da seiva
se temos o privilégio
da frutificação.
Atentemos
à sucessão das vozes desferidas
e ao desfilar dos ecos pelos cerros.
Lapidemos também nossa garganta.
Não podemos calar se temos voz
nem devemos furtar-nos
ao eco depurador.
II
Verguemos nossos galhos.
Não podemos abster-nos da seiva
se temos o privilégio
da frutificação.
Do livro Oliveira Silveira: obra reunida (IEL / Corag, 2012)